No dia 24 de maio de 2024, trabalhadores(as) da Cultura em Floresta/PE, representados pelo Instituto Cultural Raízes, pelo Grupo Afro Cultural Maracatu Afrobatuque e pela Associação Quilombola Raízes Negros do Pajeú, além de representantes de grupos e coletivos de Cultura Popular, presenciaram estarrecidos a condução da Escuta da PNAB em Floresta/PE, a qual foi marcada por diversas polêmicas e por atitudes totalmente contrárias às orientações fornecidas pelo Ministério da Cultura.
A escuta foi conduzida por uma "dita" assessoria que falava em nome da gestão cultural de Floresta e, atuou de forma confusa e completamente contrária ao que exige o processo de Escutas Públicas, concebido pelo Ministério da Cultura.
Sem prestar todas as informações necessárias e omitindo outras que eram imprescindíveis para uma melhor compreensão das pessoas presentes sobre o que é a PNAB, seus objetivos e quem pode acessar os recursos, usaram de manipularam da pauta, construíram propostas e conduziram a "votação", com o objetivo de retirar recursos/subsídios dos Espaços Culturais e, gerando a expectativa de que havendo mais recursos para fomento seria possível, "distribuir" para um maior número de pessoas.
Protestos
Por várias vezes, Libânio Francisco - Presidente do Instituto Cultural Raízes, solicitou que fosse mostrado o Manual de Orientações do Ministério da Cultura ao público, o que foi ignorado pelas pessoas que estavam "conduzindo" a Escuta e, mesmo por outras tantas vezes tendo advertido que os encaminhamentos dados não eram democráticos e não atendiam o que recomeda o Minc, mesmo assim, continuaram com a prática da imposição na condução do tema.
Diante de tal fato, Libânio Francisco, instou às instituições, grupos e coletivos parceiros a não votar, como forma de protesto.
Votação e encerramento
Após a "dita" votação, (aonde levantaram a mão pessoas que confessaram não saber ou não entender o que estava sendo debatido), retiraram os recursos dos subsídios aos Espaços Culturais, desconhecendo ou negando-se a reconhecer a existência do Ponto de Cultura - Tambores da Resistência, dos Espaços Culturais Elias de Flora e Arte e Vida, do Espaço Cultural existente nas Comunidades Quilombolas da Folha Miúda e da Melancia, do Espaço Cultural aonde funciona as tradições de Matriz Africana, dos Espaços Culturais Indígenas, entre outros.
Concluída a "votação", Libânio Francisco, Presidente do Instituto Cultural Raízes, pediu a palavra, momento em que as pessoas que comandavam a reunião, simplesmente deram por encerrada às discussões, sem concluir os trabalhos de escuta das ações a serem contempladas nos prováveis editais, ou seja o processo de construção do PAAR da PNAB de Floresta/PE, ficou sem conclusão.
CONFIRA A SEGUIR O VÍDEO GRAVADO NA REUNIÃO, QUE MOSTRA TUDO O QUE OCORREU
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